Segue aqui nossa singela contribuição à proliferação do conhecimento. As vezes é de se impressionar mas muitas pessoas não conhecem quase nada de questões astronômicas. Nosso Blog Universo do Cosmos não se intitula "detentor do conhecimento", estamos longe disso e muito provavelmente nunca alcançaremos esse patamar, porém acreditamos que é dever do ser humano ao menos tentar espalhar um pouco de conhecimento em meio à escuridão de idéias.
Nesta postagem damos uma brave explicação a respeito do nosso sistema solar. Nosso lugar no universo e lar de todos os corpos celestes que orbitam o nosso Sol.
O Sistema Solar como assim o conhecemos é constituído pelo Sol e por um conjunto corpos celestes que se ligam a ele por meio da força da gravidade. Acredita-se que o sistema solar tenha uma idade aproximada de 4,6 bilhões de anos e tenha se formado do colapso gravitacional de uma nuvem molecular originária da explosão de uma supernova ainda mais antiga. Razão pela qual na terra encontramos substâncias como ouro e prata, que só podem ser geradas durante a explosão de uma supernova, visto que não podem ser formadas no interior de estrelas pequenas como o nosso Sol por não terem pressão suficiente em seu núcleo para converter ferro em outro material assim como fazem com o hidrogênio convertendo-o em hélio.
Além do Sol que contém cerca de 99,86% de toda a massa do universo existem 8 planetas que realizam suas órbitas de forma quase circular e estão contidas em uma espécie de disco quase plano denominado plano da eclíptica. Os quatro menos planetas (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte nesta seguinte ordem) são chamados planetas telúricos e se localizam mais próximo do Sol. Eles são formados basicamente de metais e rochas. Os planetas restantes (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno nesta seguinte ordem), são chamados de gigantes gasosos sendo formados basicamente de gases como Hidrogênio e Hélio. Urano e Netuno, também conhecidos como "planetas ultra periféricos" ou "gigantes de gelo", apresentando em sua composição também água, metano e amônia.
No Sistema Solar localizam-se também objetos menores como o cinturão de asteróides localizado entre as orbitas de Marte e Júpiter sendo formado basicamente de objetos sólidos de rocha e metais além de gelo. Além da órbita de Netuno localizam-se os "objetos trans netunianos". No sistema solar localizam-se também os planetas anões, tendo essa denominação por não terem chagado a forma-se como os demais planetas e não terem "limpado sua orbita" que sofre contante perturbação de outros objetos. Eles não giram ao redor do Sol no mesmo plano orbital que os demais planetas e possuem orbitas mais elípticas. No Sistema Solar existem objetos ainda menores como cometas, asteróides, etc.
O Sistema Solar ainda está longe de ser completamente explorado e ainda existem regiões do sistema solar que ainda devem sua existência a teorias como a Nuvem de Oort, local de onde provavelmente provém a maioria dos cometas de longa duração e pode ser responsável pela colisão de grandes asteróides com a Terra, acontecimento que ocorre aproximadamente a cada 100 milhões de anos. A sonda Voyager que está a mais de 35 anos viajando pelo espaço e localiza-se a mais de 100 UA (1UA=150 milhões de Km) da Terra é o objeto mais longe no espaço construído pelas mãos do ser humano. Ainda em operação manda sinais dos confins do Sistema Solar e dentro dos próximos anos irá ultrapassar a fronteira do Sistema Solar.
O Sol é um astro de dimensões gigantescas mas quando comparado à imensidão do cosmos ele se torna infimamente pequeno. E o espaço inter estelar é um local extremamente hostil, o vento solar cria o que chamamos de heliosfera uma espécie de "bolha" que protege todos os corpos do Sistema Solar do vácuo completo do espaço. É como se fosse em uma comparação rústica à nossa atmosfera que nos protege dos perigos do espaço.
Dentre os planetas do Sistema Solar, 6 são orbitados por satélites naturais conhecidos por luas, a Terra é um deles, e dentre os planetas anões, 3 são orbitados por luas.
Dos oito planetas conhecidos que orbitam o Sol, Júpiter é o maior deles, seguido em ordem decrescente por Saturno, Urano, Netuno, Terra, Vênus, Marte e Mercúrio.
O Universo é Realmente Grande!
Que o nosso universo é realmente grande isso todos nós sabemos, mas as vezes até para o mais experiente dos astrônomos torna-se difícil compreender e imaginar o universo em uma escala menor, que se encaixe na nossa realidade terrestre.
Nosso Sistema Solar também é muito grande, não tão grande quanto o universo claro, mas mesmo assim é incrivelmente grande. Para se ter ideia uma viajem da Terra até Marte demora um ano mesmo utilizando a nave espacial mais rápida que dispomos, e Marte deve estar no ponto de sua órbita que mais se aproxima da Terra. Sem a ajuda da dobra espacial, tal viajem não é possível. Além de tudo vale salientar que Marte depois de Vênus é o planeta mais próximo da Terra.
Em uma comparação mais simples, imaginemos todos os principais corpos do Sistema Solar como bolas. Sim, isso mesmo que você leu... Bolas. Bolas de futebol, de tênis, pingue pongue, gude, etc.
Pensando dessa maneira, imaginemos nosso Sol como uma bola de futebol comum, com um diâmetro de cerca de 22 cm (vinte e dois centímetros). Imagine que esta bola de futebol, está em um campo aberto. Então o que seria a Terra nesta comparação?
A Terra seria uma bolinha com apenas 2 mm (dois milímetros) de diâmetro e estaria a 23,6 metros da bola de Futebol. A bolinha que representaria a Lua teria apenas 0,5 mm (meio milímetro) e ficaria a 5 cm da Terra. Os planetas gasosos Júpiter e Saturno, seriam bolinhas de cerca de 2 cm de diâmetro e ficariam respectivamente a 123 e a 226 metros do Sol. Plutão ficaria a 931 metros do Sol e seria uma bolinha com cerca de 0,36 mm de diâmetro.
Vocês sabem qual é a estrela mais próxima da Terra depois do Sol? Seu nome é Proxima Centauri e está a cerca de 4,2 anos-luz de distância. Onde Proxima Centauri estaria nesta nossa comparação com as bolinhas?
Ela estaria a cerca de 6332 km da bola de Futebol. Enquanto Sírius, outra estrela vizinha do nosso Sol estaria a 13150 km.
É... O Universo é bem grande! Imagine só para fazer esta nossa simples comparação com bolinhas e usando como comparativo apenas as duas estrelas mais próximas do Sol seria necessário um campo de futebol com um diâmetro do tamanho de todo o planeta Terra! Mais de 13000 km!
Este é um ditado que cai muito bem pra questões astronômicas. O nosso Sistema Solar também não é para Sempre e com o passar dos anos o Sol ficará cada vez mais Brilhante e consequentemente quente. Acredita-se que o Sol ficará 6% mais brilhante a cada bilhão de anos daqui pra frente.
O Sol também já foi mais "escuro". Logo quando surgiu, a 4,6 bilhão de anos atrás o Sol tinha apenas 70% do brilho que tem hoje.
Porém, a Terra como santuário de pássaros, plantas e animais está com os dias contados. Não é questão para preocupação pois acredita-se que a Terra ainda pode abrigar a vida como conhecemos por mais 500 milhões de anos. Porém esse é um tempo relativamente curto quando paramos para pensar que a história da vida no nosso planeta já tem 3,5 bilhões de anos.
Atualmente com 4,6 bilhões de anos o Sol está na fase principal de sua vida, durante este período pelo processo de fusão em seu núcleo ele converte toneladas de hidrogênio em hélio por segundo.
Daqui a aproximadamente 5 ou 6 bilhões de anos, todo o Hidrogênio no núcleo está se esgotado e o que restar será Hélio. Terá então terminado a fase principal da vida no Sol. Restando apenas hélio para se queimado em seu núcleo o Sol começará a se contrair em sua gravidade pra atingir a pressão necessária pra iniciar o processo de fusão do hélio. Atingido este ponto o Sol começará a brilhar com muito mais intensidade de calor, visto que o calor e brilho liberados pela fusão de hélio é muito maior que a fusão por hidrogênio. As camadas mais externas do Sol começaram a se expandir devido a pressão de saída de energia gerada pela fusão do hélio. O Sol terá um diâmetro de mais de 260 vezes o atual recebendo o nome que os cientistas chamam de gigante vermelha. Sua superfície ficará no que hoje é a órbita da Terra.
neste ponto ele terá vaporizado os planetas internos Mercúrio, Vênus e Terra. Nada sobrará do que hoje é nosso planeta.
Mas o processo não para, é a evolução natural do cosmos que já dura bilhões de anos. Eventualmente o hélio também irá se esgotar no núcleo do Sol. O Sol é uma estrela considerada pequena e não possui massa suficiente para iniciar o processo de fusão de elementos mais pesados originários da fusão do hélio, e suas reações nucleares irão cessar.
O que restará é um objeto chamado anã branca. Um objeto extremamente denso com metade da massa atual do Sol e com um diâmetro aproximadamente comparável ao do nosso planeta. 10000 km.
O que restar é chamado de nebulosa planetária. O retorno a origem. Do pó ao pó.
Neste tempo se não for demais sonhar, esperemos que a humanidade aprenda a conviver com suas diferenças ajudando-se mutuamente e consiga evoluir e desenvolver-se. Seria demais sonhar com o quadro de Mona Lisa como objeto remanescente de uma civilização de outrora sistema solar que definhou mas que ele se tornou mais velho que a matéria que o criou?